mãe amamentando

A importância do leite para nutrição alimentar e emocional do bebê.

A mamãe Ludmila (29 anos) já sabia, e muito bem, os benefícios e da importância do leite para nutrição alimentar e emocional do bebê. Por isso, fazia questão do aleitamento materno para seu filho Otto. Mas, assim que ele nasceu, em fevereiro deste ano, e ela foi diagnosticada com candidíase mamária, ela fez tudo ao seu alcance para que o recém-nascido tivesse acesso ao leite materno. Fosse o dela, quando possível, ou recorrendo ao Banco de Leite.

Às vezes, você pode até duvidar que um bebê de menos de seis meses recebe todos os nutrientes necessários alimentado-se apenas leite, enquanto crianças e adultos precisam de uma lista de alimentos sólidos para manter uma dieta saudável. Mas, um estudo realizado pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, verificou que o leite materno possui mais de três mil elementos em sua composição, entre eles, ferro, colina e ômega 3, responsáveis por impulsionar o desenvolvimento do cérebro.

Para chegarem a essa conclusão, cientistas fizeram testes com porquinhos, já que os cérebros deles crescem de maneira parecida com a de bebês humanos.

Ao serem alimentados com leite materno, os bichinhos tiveram um desenvolvimento mais rápido do cérebro e do sistema digestivo.

No caso dos bebês, a fase que segue o nascimento é aquela em que seu cérebro se desenvolve mais rápido. Por isso, é essencial oferecer uma dieta

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nutritiva durante essa época, evitando, principalmente, que o crescimento do órgão seja prejudicado ou atrasado.

Além do sistema digestório, o cérebro também é beneficiado. “Como a amamentação está relacionada ao melhor desenvolvimento mental e cognitivo, favorece a aprendizagem”, ressalta Elsa Giugliani. Os estudos encomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e publicada na revista britânica The Lancet, mostram uma média maior de QI de 3,34 pontos entre as crianças amamentadas quando comparadas com as não amamentadas ou amamentadas por menos tempo. Isso significa também ganho em escolaridade e renda aos 30 anos.

Agora que entendemos que o leite materno contém todos os ingredientes necessários para cuidar da saúde do seu bebê e, também, que nele estão os componentes específicos que o ajudarão a pensar, se movimentar e crescer com saúde!

Além da nutrição alimentar, a amamentação nutri o emocional da criança. O colo, o aconchego, o carinho, o olhar e estar perto do rosto da mãe traz segurança e tranquilidade para o bebê. O bebê quando nasce, no primeiro mês enxerga apenas a 15 cm de distancia, ou seja, exatamente a distância que ele fica do rosto da mãe quando está no seio mamando.

Eu amamentei minha filha até os 2 anos e 8 meses, sempre livre demanda, e onde eu estivesse eu amamentava. Shopping, aeroporto, restaurante, no banco da escolinha (na entrada e na saída da aula). Fui muito criticada por amamentar minha filha até essa idade. Escutei muito que ela iria ficar dependente, que eu não teria sossego enquanto eu não encerrasse o aleitamento materno.

Eu sempre respondia a todo mundo: ” o peito é meu, a filha é minha e eu amamento até o dia que ela quiser”. Só parei, porque após chegar em casa, ofereci o peito e ela me disse, muito tranquila e resolvida ” não quero mais mamar mamãe”. Quase tive um ataque, chorei por dias…mas foi no tempo dela, como ela precisava.

Alice nunca teve nenhuma doença seria, além de resfriados. Tomou antibiótico uma única vez, após entrar na piscina com as primas e ter sua primeira e única infecção urinária. Super saudável, independente e com um excelente desenvolvimento, obrigada!

Mas muitas mães não conseguem amamentar…E tudo bem!

A nutrição alimentar para o bebê é importantíssima, mas o importante mesmo é que o ritual de alimentar o bebê seja mais que suprir suas necessidades fisiológicas, mas possa suprir suas necessidades emocionais e de adaptação ao mundo por um meio seguro, que nesse momento é sua mãe, seu pai ou um cuidador.

Então, mesmo que o bebê precise mamar na madeira, o colo e o acalento é que vão dar o suporte para o desenvolvimento emocional. E nesse caso, o pai também pode fazer esse papel, e estreitar ainda mais o vínculo afetivo com seu filho, cuidando e alimentado.

Algumas dicas podem ajudar nessa aproximação:

Pai alimentando e cuidando do filho, pois o importante mesmo é o vínculo que se estabelece com o bebê.
O pai também pode cuidar e nutrir seu filho.

– posicione o bebê de maneira que fique próximo ao seu rosto,

– segure-o em uma posição que você e ele estejam confortáveis

– converse e cante com seu bebê

– deixe-o o tempo que precisar em seu colo, sem pressa e correria

– evite utilizar celular e muito barulho enquanto o alimenta

– faça carinho em suas mãozinhas, em seus pezinhos, acaricie sua cabeça

– permita que tenha contato com sua pele,

– olhe em seus olhos e transmita segurança e amor.

 

O leite materno é importante, mas o essencial é como você amamenta e fortalece o vínculo afetivo durante esse momento tão especial para o bebê.

 

Fonte: Kids.frontiersin.org / SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria

 

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